Google passa a considerar definitivamente versões mobile para novos sites

É definitivo: o Google anunciou que o mobile-first indexing a partir do dia primeiro de julho será definitivo pra novos sites que ele encontrar na internet.

Antes de tudo, o que é mobile-first indexing?

O grande diferencial do Google frente as ferramentas que vieram antes de pesquisa de sites, é que o Google proativamente vai atrás dos sites para fazer a leitura (chamamos isso de Crawling), então ele faz o processamento (ou a indexação) dessa informação pra depois disponibilizar isso para os usuários. Esse foi grande o diferencial do Google frente aos diretórios de sites que existiam antigamente, por exemplo.

Mais recentemente (provavelmente em 2016) o Google fez um anúncio, dizendo o seguinte: ele percebeu que existiam cada vez mais sites preparados para utilização em dispositivos móveis, justamente por os usuários estar utilizando mais dispositivos móveis (isso em 2016 – hoje esse cenário é ainda mais evidente). Para você entender, aqui mesmo no Brasil temos vários dados que a quantidade de usuários que acessam a internet através de dispositivos móveis já é maior que os que acessam via computador ou notebook, por exemplo. E o Google percebeu essa mudança e em 2016 e falou assim: “olha, o meu rastreamento vai começar a solicitar dos sites uma versão como se eu fosse um dispositivo móvel”.

Então antigamente tínhamos basicamente duas versões: a versão desktop de um site, e outra versão “mobile” do mesmo site. Quando o visitante acessava o site, o servidor identificava o dispositivo e mandava o visitante para a versão adequada o site para aquele dispositivo.

Isso foi lá no começo e cada vez mais as pessoas foram criando sites que chamamos de “responsivos”, onde a criamos uma página só e ela se adapta diretamente ao tamanho da tela. Então ao invés de duas páginas, temos hoje uma só. Esse é o modelo que inclusive adotamos em nossos sites, ou que a gente recomenda que nossos clientes façam o trabalho e que, o Google nesse aviso de agora endossa que o desenvolvimento não obedeça mais aquele método anterior que você tem duas versões do site, e mantenha tudo unificado num site responsivo. Nos desenvolvimentos mais recentes inclusive estamos criando os sites primeiramente para dispositivos móveis e adaptando ele para a versão desktop.

Então o que o Google está fazendo? Está fazendo exatamente como o próprio usuário: ele ao invés de usar o robô de busca dele como um computador, está usando o mesmo para buscar os sites como se fosse um celular.

E aí qual a implicância de isso acontecer? Ele pode encontrar versões diferentes. E-commerces por exemplo cortam diversas informações nas páginas versão mobile. Isso para deixar o site mais enxuto, tiram muito conteúdo. E quando você tira conteúdo na versão mobile comparado a versão desktop, e o Google está lendo seu conteúdo na versão mobile, você está perdendo tudo o que você tinha antes na versão desktop, você retirou e o Google está lendo a sua versão mais curta, que é a mobile. Então é preciso ter cuidado com isso porque o Google vem avisando (via Search Console) sobre essa postura desde 2016.

O que muda agora é que, de uma vez por todas, todos os sites novos que ele ler a partir de 01/07/2019 o Google já vai usar automaticamente o robô voltado para a versão mobile. Então por exemplo se em Julho eu criar um novo site, já preciso ter em mente que o Google vai ler meu site com base no robô observando a versão mobile dele.

Ah Lucas, mas eu tenho um site mais antigo que isso. Como ele vai fazer?

Ele pode continuar usando qualquer um dos dois robôs até o momento em que ele vai entender que pode analisar o seu site com o robô olhando para a versão mobile. Eles vão comparar as duas versões e, quando notar diferenças, ele vai avisar via Search Console sobre essas diferenças. Para isso, é fundamental que no Search Console as duas versões estejam autenticadas.

Então, ratificando: o Google colocou que a partir de 01/07/2019 recomenda-se que os sites adotem o modelo responsivo. E reforçando nossa dica, sugerimos que caso você esteja criando novo site ou refazendo o da sua empresa, pense primeiramente no dispositivo móvel (que é a tendência), é onde realmente a massa de usuários está consumindo conteúdo e onde passam a maior parte do tempo. Para título de comparação, a proporção de acessos via desktop/mobile no Brasil é em torno de 45/55 e em países mais desenvolvidos chega a 35/65. Então o Google está simplesmente acompanhando o comportamento das pessoas.

Mas e aí Lucas? Eu perco alguma coisa se eu continuar usando duas versões diferentes?

A médio-longo prazo sim, e isso se você já não perdeu algo de 2016 para cá. Mas o Google vai ler seu site em algum momento como se fosse um smartphone e, se você não tiver o mesmo conteúdo que estava na versão desktop você deve perder posicionamento. E porque?

Por certo tempo, o Google usava o robô dele para entender todas as informações (como título, meta-description, conteúdo da página, dados estruturados que estavam presentes na página) e indexava essa informação toda, e aí ele aplica o algoritmo dele com base também nos fatores da página. Quando você migra para outra versão mais enxuta, que pode não ter dados de forma estruturada, não ter um título conciso por exemplo, obviamente passa a ser uma página desprivilegiada ou seja, ela não tem toda aquela informação e, por consequência você pode perder posições frente a essa mudança.

É uma mudança sim que todos deveriam se preocupar. Vir para o responsivo ajuda os usuários, aumenta a sua conversão. O cuidado que você tem que ter com o responsivo é ter sites com códigos enxutos, pois você tem que fazer adaptação entre dispositivos.

A conclusão que chegamos é: tenha um site rápido e responsivo, porque com o tempo o Google pode te recompensar ainda mais. Se seu site não está preparado para o smartphone, você está vivendo a década errada. Em 2020 as pessoas vão acessar muito mais via smartphone e o Google acompanha sempre a tendência: para onde os visitantes estão indo.

Espero ter ajudado com este post. Qualquer dúvida, estamos por aqui!

Um abraço,
Lucas

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